Caminhamos rumo ao colapso na saúde.
Sim, a atual conjuntura em que nos encontramos é grave. Faltam leitos, insumos e mão de obra. Os profissionais da saúde já estão desgastados. Eles chegaram ao limite.
Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 1.316 mortes. Isso significa, que a cada 3 minutos, 2,74 pessoas morrem em nosso país. Infelizmente, enfrentamos o pior momento da pandemia desde o seu início.
O Brasil cometeu erros graves, não se planejou. Enquanto muitos países, como Estados Unidos, Japão, Reino Unido, Chile, Peru, Equador disparavam em primeiro lugar na corrida pela vacina no final de 2020, o Brasil, sem pressa alguma, caminhou a passos lentos com disputas políticas e uma visão distorcida do cenário pandêmico.
Resultado da nossa performance nesta corrida?
- Cerca de 41 milhões de doses da vacina aplicadas até o momento;
- 13,71% dos brasileiros vacinados com a primeira dose;
- Apenas 5,94% da população no país recebeu a imunização completa.
Ao contrário do nosso vizinho, o Chile, que já conseguiu imunizar 42% da sua população – primeira dose – e 32,6% – segunda dose.
A situação é gravíssima, porém, acredito que pode ser reversível. Ainda que seja tarde, nós, líderes e executivos do setor da saúde podemos nos unir e planejar ações que estão ao nosso alcance.
E agora? Ficaremos reféns de medidas governamentais?! Sinto em dizer que elas não chegarão. Precisamos unir esforços e buscar alternativas para atender às necessidades dos nossos milhões de beneficiários do Sistema Unimed. E as duas alternativas se resumem a ampliações: de acesso às vacinas e às unidades hospitalares de curta duração.
A construção de unidades hospitalares de curta duração pode ser uma das alternativas que enxergo para esse momento e que está ao alcance de muitas cooperativas. Isso pode impedir o colapso que estamos vivenciando.
Algumas Unimeds têm se movimentado para a construção desses centros que irão servir de apoio aos hospitais superlotados. Uma solução adequada para receber pacientes, que já melhoraram, mas que ainda precisam de cuidados especiais. E, também para aquele paciente grave, que aguarda a liberação de um leito de UTI.
Em conjunto com as unidades hospitalares, entram as UTIS MÓVEIS que podem ter estacionamento fixo no local e transportar com agilidade a transição dos pacientes, e dessa forma ampliar o acesso ao atendimento aos beneficiários Unimed.
Para se ter uma ideia do que está acontecendo, à medida que faltam leitos nos hospitais, as ambulâncias do SOS Unimed/Medilar não têm lugar para levar os pacientes. Nos últimos dias, foi preciso manter o paciente dentro da ambulância por mais de 7 horas em respirador até a liberação de um leito.
Não estamos medindo esforços para atender a cada chamado que toca em nosso call center médico. Cada vida que clama por ajuda.
Afinal, temos um compromisso com a saúde, com a vida de mais de 2,9 milhões de beneficiários do Sistema Unimed. E estamos aqui para ajudar a sua Unimed no que for preciso.
Mas, se continuarmos a assistir a inércia do setor público, e esperar que o governo nos dê a direção neste oceano imenso e tortuoso, uma coisa é certa: iremos afundar.
Olha, mais 3 minutos se passaram…e enquanto você lia este texto, mais 2,74 vidas foram interrompidas no Brasil.
Acredite, começar a planejar agora, é muito melhor do que nunca ter planejado nada.
Afinal, a vida não espera.