Ocupamos o 57º lugar no ranking mundial da vacinação contra o vírus Sars-CoV-2. Uma posição que coloca a minha vida, a sua e a de milhares de brasileiros em xeque.
Até o momento, o Brasil aplicou 44,2 milhões de doses da vacina. Isso significa que 14,29% dos brasileiros tomaram a primeira dose, e, apenas 6,61% receberam a imunização completa.
Três meses se passaram desde o início da campanha de vacinação, e não estamos nem perto de imunizar 30% da nossa população. Se continuarmos nesse ritmo, a estimativa mais recente é que consigamos vacinar 70% dos brasileiros somente em 2024.
O nosso poderoso vizinho das Américas vive um cenário completamente oposto. A imunização nos Estados Unidos está em ritmo acelerado. Por lá, cerca de 3 milhões de doses são administradas todos os dias. Eles já atingiram a marca de mais de 236 milhões de vacinas aplicadas.
Já ouviu aquele ditado: “Contra dados não há argumentos?”. Os norte-americanos já colhem os frutos de uma vacinação bem planejada e eficaz. O número de mortes nos Estados Unidos foi reduzido em 28%. E, a cada 100 pessoas, apenas 25 contraíram a doença. Os que foram infectados desenvolveram sintomas leves do coronavírus.
Já falei no meu artigo anterior, e volto a repetir: Não podemos ficar reféns das medidas governamentais.
Atualmente, todas as doses da vacina contra o coronavírus são compradas pelo poder público e a aplicação está sendo realizada somente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). É necessário unir esforços para acelerar o processo de vacinação dos nossos beneficiários e profissionais da saúde. Sabemos que a compra independente da vacina por parte das empresas, em breve deverá ser realizada, o que potencializará os esforços para que o imunizante chegue a todos os brasileiros.
A lei que autoriza estados e municípios a comprarem imunizantes já foi sancionada. Acredito, que essa medida não demorará a se estender à iniciativa privada. Até porque, já há um projeto de lei em andamento, que autoriza empresas a comprarem vacinas, individualmente ou em consórcio.
Hoje, na atual conjuntura em que nos encontramos, não temos um Estado que possa socorrer o outro. O agravamento da infecção pelo vírus Sars-CoV-2 atingiu a todos de uma vez. Cada um de nós está correndo para um lado.
Precisamos criar uma linha de planejamento com agilidade, promover ações independentes e nos unir, para cuidar das pessoas e trazer soluções para as milhões de vidas que temos no Sistema Unimed.
Afinal, o compromisso com os beneficiários, antes do governo, é nosso.